ePrivacy and GPDR Cookie Consent by Cookie Consent Dr. Gustavo Morales · Patologias · Úlcera Gástrica

Patologias Úlcera Gástrica

As úlceras gástricas são lesões no estômago em forma de cratera geralmente causadas por fatores genéticos, distúrbios fisiológicos, uso constante de medicamentos anti-inflamatórios e salicilatos (aspirina) ou devido à presença da bactéria H. Pylori que gera infecção no órgão.

Cabe enfatizar que o câncer gástrico pode se apresentar macroscopicamente sob a forma de úlcera, entretanto a úlcera gástrica inflamatória discutida aqui não tem potencial de se transformar me câncer.

Os pacientes com úlcera gástrica cursam com dor intensa na “boca do estômago” (dor epigástrica) que piora com alguns alimentos ou no jejum prolongado. Se não diagnosticada precocemente, a úlcera gástrica pode ter outras consequências mais graves para a saúde.

As três principais complicações são:

  1. Hemorragia digestiva alta, que se manifesta por meio de vômitos com sangue (hematêmese), fezes escuras (melena) ou avermelhadas (enterorragia) associada ou não aos sintomas de repercussão hemodinâmica e de anemia;
  2. Perfuração, com formação de pertuito para a cavidade abdominal com escape de ar, suco digestivo e alimentos, causando dor abdominal intensa com piora rápida do estado geral do paciente;
  3. Penetração, quando a úlcera se aprofunda e o processo inflamatório por ela gerado se continua para órgãos vizinhos como pâncreas e fígado poe exemplo.

O diagnóstico definitivo se dá através da realização do exame de endoscopia digestiva alta (EDA) com realização de biópsias da úlcera propriamente dita (base e principalmente bordas) para afastar neoplasia (câncer) e da mucosa dos segmentos do antro e do corpo do órgão para a pesquisa do H. Pylori que é no Brasil a principal causa etiológica da úlcera gástrica.

Na grande maioria dos casos, a hemorragia digestiva alta consegue ser facilmente controlada com tratamento endoscópico através de várias técnicas de hemostasia alta. Quando a hemorragia é volumosa e refratária ao tratamento endoscópico, faz-se necessária a intervenção cirúrgica imediata, assim como na úlcera perfurada e penetrada.

O tratamento dos casos não cirúrgicos ocorre com uso de medicamentos que reduzem a secreção ácida (aumento o pH) sendo os inibidores da bomba de prótons (IBPs) a classe mais utilizada. Com isso a mucosa se regenera e a úlcera cicatriza. Quando o H. Pylori é diagnóstico, deve ser tratado com esquema antibiótico adequado.

Após o tratamento farmacológico, devemos realizar o exame de endoscopia de controle (EDA) para termos a certeza absoluta da cicatrização completa da úlcera. Nas úlceras de difícil controle (que não cicatrizam) devemos realizar múltiplas biópsias da lesão para afastar em definitivo o risco de câncer gástrico.

Após a descoberta do H. Pylori como a grande causa das doenças inflamatórias gástricas, entre elas a úlcera, e do manejo clínico adequado com o uso dos antibióticos precocemente, a chance desse tipo de lesão evoluir para complicações acima citadas é muito baixa. Hoje quase não se faz mais cirurgia por úlcera gástrica, gerando um prognóstico excelente.

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